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terça-feira, 25 de setembro de 2012

A história do vibrador (parte 1)

 

Considerado por muitas (mesmo!) o melhor amigo das mulheres, o vibrador está por aí há mais tempo do que você pensa e já foi classificado como o 5º ‘eletrodoméstico’ inventado – antes mesmo que o ferro elétrico.

E se você acha que ele foi criado pensando na satisfação sexual feminina, enganou-se novamente. Com o único propósito de facilitar uma prática médica que já existia, o vibrador foi apenas mais uma ferramenta para facilitar a vida de profissionais da saúde.


Na medicina ocidental sempre existiu desde os tempos de Hipócrates, a crença numa doença chamada “histeria” do ventre, que era causada pela negligência que o útero sentia. Platão dizia que o útero era um animal dentro de um animal (!?) e que, de vez em quando, ficava fora de controle e, como tal, tinha que ser acalmado (é aqui que começa a sacanagem!).


A forma como se acalmava este “animal” era massageando a vulva da paciente - que era considerada parte do útero - e através deste processo se provocava uma ‘crise’ da suposta doença. Essa crise era uma espécie de febre a que era dado o nome de ‘paroxismo histérico’, pois apresentava contrações e lubrificação da vagina. Após essa crise a mulher sentia-se melhor, por algum tempo.


“Infelizmente” a histeria era incurável e crónica e por isso a mulher teria de voltar ao médico outras vezes. Algo no estilo “Siririca assistida e progressiva”.


Para se tratar esta doença feminina a que os médicos chamavam de “congestão da genitália”, ou “histeria”, os doutores perdiam muito tempo, porque era um processo demorado e trabalhoso justamente pelo “tratamento” ser feito através de uma estimulação manual.


Assim como os paleontólogos de 2010 veem um pênis ereto de osso e se recusam a imaginar o uso mais lógico para isso, os médicos ocidentais vitorianos eram incapazes de identificar o orgasmo feminino, apesar de conhecer seus benefícios para o equilíbrio psicossomático. No puritano universo ocidental da década de 1850, uma epidemia tomou conta das damas da sociedade. Inúmeras ladies corriam aos consultórios se queixando de sintomas como ansiedade, irritabilidade, distúrbios do sono, sonhos eróticos e excesso de lubrificação da vagina. Por incrível que pareça hoje, naquele tempo fantasias e desejo sexuais, normais em homens, eram consideradas anomalias quando eram experimentados pelo sexo feminino.


Reportagem:
muitapimenta 

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